"O ALIENISTA" (Machado de Assis)
SINTESE MISTA DE CONCLUSÃO OU CONCLUSÃO MISTA DE SINTESE DO LIVRO
"O
ALIENISTA"
por Rômulo
O
Livro “O Alienista” de Machado de Assis narra a Estória do renomado Dr. Simão
Bacamarte, que retorna a Itaguaí (cidade natal), para colocar em pratica seus
estudos e teorias. O médico casou-se com D. Evarista que não era bela e nem
simpática, porém viu nela saúde para lhe dar filhos saudáveis, o que frustrou
seus sonhos, quando descobriu que sua “consorte” era estéril.
Pode-se
perceber já neste primeiro momento, uma crítica de Machado de Assis a Ciência,
que, julga estar acima de tudo; acima do pedido do Rei para que ficasse, acima
do amor, pois, casou-se por interesses próprios, entre outros. Com o fim de sua
descendência, certo, mais sem se importar, pois uma vez “a ciência tem o
inefável dom de curar todas as mágoas”, se dedica de corpo e alma ao estudo e o
tratamento da loucura. Consegue da câmara autorização para construir uma casa
de “Orates” ou “Casa Verde” e passa a tratar os doentes mentais que até então
eram trancados numa alcova em suas casas, até que a morte vinha lhe ceifar a
vida.
Houve
uma pequena oposição à construção da “casa verde”, talvez intencional pelo
autor para ironizar os costumes da “sociedade da época” com a frase de que
“dificilmente se desarraigam hábitos absurdos, ou ainda maus” quantos exemplos
têm ao longo da historia de supostos hábitos como: Os pais que casavam os
filhos por interesse, o de passar descalço em brasas para provar a FÉ em dia de
São João e como estamos em ano de eleição, vale homenagear os ilustres
representantes e citar algumas leis “absurdas” criadas por eles, como:
·
Decreto Municipal 82/97 (Bocaiúva do Sul, PR)
que proibia a venda de camisinha e anticoncepcionais, 19 de novembro de 1997;
·
Lei Municipal 1840/95 (Barra do Garças, MT) 5 de
setembro de 1995, criou um aeroporto pra Óvnis;
·
Lei municipal 3306/97 (Pouso Alegre, MG) 2 de
setembro de 1997, multa para outdoors com erros de português, Em 1998, o
prefeito do Guarujá se inspirou na cidade mineira e reproduziu a mesma lei na
cidade do litoral paulista;
·
Em 2004, vereadores de São Paulo instituíram o
uso de coletes com airbag para os motoboys, entre outras.
Retomando
o texto, apos construída a “casa verde” o Dr. Simão Bacamarte observa os
moradores de Itaguaí e vai declarando-os um a um, como dementes analisando a
ambiguidade humana; como são capazes de tudo por uma questão de sobrevivência e
assumem posturas que lhes convém em dado momento. Exemplificando é o caso do
boticário Crispim Soares, que ao ver que a revolução das “canjicas” assume o
poder, muda de lado, mesmo sendo amigo de Simão Bacamarte. Acontecendo com o
líder das “Canjicas” o barbeiro Porfírio, que de revolucionário passou a
conservador aliando-se ao Dr. Bacamarte esquecendo-se dos seus ideais. É
notória e genial a critica de machado de Assis à sociedade da época, pois, após
300 anos percebemos que, pouco se mudou, uma vez que acompanhamos a mudança de
lado dos políticos de seus partidos, sofremos com nossos “amigos” que, por
interesse, nos excluem ou se afastam. O avanço da ciência nos remete para um
lado ao passo que a religião de outro, nos tornando matéria prima, ou seja,
animais irracionais.
Entre
o limite da razão e loucura, em certo momento no conto Machadiano percebemos
uma nova critica, desta vez ao senso comum, cujos os loucos são os equilibrados
e o desequilíbrio seria marca da sanidade humana, invertendo os valores de que
o bom caráter, se faz somente com honestidade. Atualmente percebemos que
existem outros valores, quem sabe “Os dez mandamentos da lei de Deus” seja um
ponto de partida, pois, o capitulo três do livro “O Alienista”, leva o titulo
“Deus sabe o que faz”.
O
pragmático médico termina por libertar todos da “casa verde” e se interna,
desta feita Dr. Simão Bacamarte de Alienista passou a Alienado.
Caro
leitor, e estudiosos que alegam que o Livro “O Alienista” esta ligado a
revolução Francesa, com teses convincentes como a de André Dutra Boucinhas,
especificando no centenário de Machado de Assis apresentou “Machado e (sua) Revolução Francesa”, outros
sob a ótica de simples critica a sociedade brasileira, mais penso que não é o
que importa neste momento, uma vez que essa não é a intenção deste trabalho e
sim, mostrar que ao transportamos para os dias atuais, veremos ainda arraigados
os maus costumes e criticas feitas por Machado há três séculos, cabe a nós
tirarmos nossa conclusão.
Diante
de todos os fatos e de uma "conclusão mista de síntese ou de síntese mista
de conclusão" quebrando o protocolo da normalidade padrão de escrita
(síntese), narrada em terceira pessoa para ter credito, pois, assim a norma nos
“dita” , abrindo raras exceções para o “eu” termino por aqui citando uma
excelente frase de nosso ilustre e compositor de Rock Raul Seixas em que ele
diz:
“Quando
acabar o Maluco sou Eu”.
Bibliografias:
http://www.levyjunior.com/post.asp?id=172ASSIS, Machado de.
Obra Completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar 1994. V. II. Machado de Assis em
linha Ano 2, número 4, dezembro 2009
http://mundoestranho.abril.com.br/materia/quais-sao-as-leis-mais-estranhas-do-brasil
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