Pequeno poeta


Pequeno Poeta


Palavras em que rimo solitário
No embalo, no abalo, no abandono...
Cujos caminhos não me fazem dono
E nem as rimas proprietário.

Escrevo-as com emoção do canto
Do assoviar santo de um canário
Eu bacoco, caboclo, mercenário;
Rimo, foco, esboço e me encanto.

Rimas emparelhadas, intercaladas;
Versos livres que causam espanto
Embaraçadas no olhar do pranto
Silenciosas quando então faladas.

Nos versos brancos ou soltos, não sei...
Não seguem as regras propositais
Se fundem em temas ornamentais
E ganham vida que nem pensei.

Realidade em devaneios
E a loucura em sanidade
Sonhos em verdades
E verdades em anseios.

São iguais a passarinhos...
Perdurando pelos cantos
Expandindo os encantos
Pulando de ninho em ninho.

Mas não busco explicações...
Não justifico os objetos
Se abstratos ou concretos
Falamos de emoções.

E se for angustia quieta
Que quero expor com emoção
Darei em mim a razão
De ser Pequeno Poeta...

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